Faz tempo que eu venho me preocupando mais em estar do que ser. E agora eu estou preocupada em estar sentindo – perdoe o gerúndio. Sentindo qualquer coisa. Medo, calor, fogo. Algo que me faça rir ou chorar por qualquer motivo que me baste. Estou na busca de um coração que bata, ou apanhe. Alguma rua que me direcione a algum lugar realmente sólido. E que, nesse lugar, eu possa me restabelecer, definir minhas bases e me agarrar a elas com toda a força que ainda me resta. Nem que eu precise resgatar algumas forças do passado, é só pra me apoiar mesmo.
Ouvi dizer que eu não expresso mais os fatos que me acontecem, só relato. Como se eu estivesse completamente fora da situação. Deixando em ênfase toda a minha frieza diante daquilo.
Talvez continue intacto, não sei até quando. Eu só estacionei, e passei a andar mecanicamente. “Stand by”, sabe? Piloto automático, ou como quiser chamar.
“Milhões de frases sem nenhuma cor” – talvez não haja frase melhor que se encaixe.
Por Mim/Desconhecido
ps.: (mais que qualquer vez que eu tenha dito) volta.