domingo, julho 05, 2009

Lembrou com perfeição do sonho retrasado. Era mais para retratar o ambiente, ficou realmente encantada com a sua imaginação. E achava tudo aquilo muito incrível, sonhar com um lugar que nunca viu.

Chegou com o sol forte da manhã. Ficou na recepção por um tempo falando com a recepcionista como se já se conhecessem há algum tempo. Tomou cappuccino com pãezinhos. Um pedaço de melancia, um suco de laranja e alguns morangos pra tentar bancar a saudável. Sempre tenta modificar a alimentação quando quer começar algo novo. Conversou com algumas pessoas desconhecidas enquanto esperava a chave do quarto.

Subiu, entrou no quarto. Deparou-se com uma cama de casal com um edredom branco e fofinho, quatro travesseiros e algumas almofadas pra deixar tudo mais aconchegante. Um criado-mudo sob um abajur de luz quente para cada lado da cama. Estirou-se sobre os edredons com a sensação de alivio enquanto olhava ao seu redor. E logo defronte, janelas imensas seguindo toda a parede. Fez questão de abrir as cortinas e respirar mais viva diante da claridade matinal que adora. Ao seu lado direito o banheiro e ao seu lado esquerdo um escada pra descer. Ficou perplexa com a sala. Era do jeito que apreciava: clara, decoração contemporânea com móveis de madeira, tapete, aparadores tabaco, almofadas e uma estante até o teto, repleta de livros. Embalagem de fast-food e um copo usado sobre a mesinha de centro ao lado de um monte de papéis que escondiam o controle remoto.

(...)

Em síntese era isso, ficou abismada com o hotel, apartamento; ela não sabia ao certo o que era de fato.

Caso queira saber, deu uma pausa muito grande entre a metade do texto e o fim. Esperou muito para terminar de relatar. Ficou a tarde inteira sem escrever, perdeu o fio à meada. Perdeu a vontade.

Por Anita