sexta-feira, abril 09, 2010

O inerente da civilização

A fim de iniciar qualquer discussão sobre corrupção, e o quão ferido fica o pobre depois de ter seus serviços básicos minados, o que alimenta a desigualdade e injustiça, principalmente, senão somente, na camada social desprovida financeiramente, é necessário analisar que o mundo – não restringindo pros dias de hoje – necessita do paradoxo.

No século 19, Marx; sem vivenciar a Grande Guerra, Hitler, Guerra Fria, Depressão Econômica, Neil Armstrong; observara que a história sempre se desenvolveu no quadro de um antagonismo, sendo homens livres e escravos, na Antiguidade; senhores e servos, na Idade Média; burguesia e proletariado, nos tempos modernos.

Sendo assim, fica claro que é inevitável toda a desigualdade do capitalismo. E que alguns precisam perder para outros ganharem, mantendo o equilíbrio preciso para o sistema vigente. O que leva alguns a arranjarem um meio, ainda que recriminável, para conseguir o que anseiam, seja por necessidade, seja por vaidade ou ostentação.

Considerando que corrupção não é aquela que gira em torno só das três esferas do poder (legislativo, judiciário e executivo), presencia-se, portanto, em qualquer ato que esteja proposto em favorecer um, enquanto prejudica outro, também em desvios de recursos, sonegação de impostos, entre outros; fazendo com que se torne intrínseco ao indivíduo o ato de corromper-se, o que não oferece integridade moral e plena ao povo quando esse não permite a corrupção inerente à civilização. Pode-se, ao menos, desejar um país menos corrupto; e o meio mais sensato para isso, ocasiona-se quando parte de cada um a iniciativa de melhora.

Por Talita