quarta-feira, março 31, 2010

Minha apostila e minhas matérias do fichário desse meu (ironicamente) parado terceiro – e finalmente – ano não são mais cheios de nomes inteiros, sobrenomes, versos de músicas românticas e corações com flechas. No meu auge dos tão esperados 18 anos, eu percebi que ele não leria e eu não me tornaria mais ou menos apaixonada por ele.

Não foi porque eu parei de descrever meus encontros que eles deixaram de ser vividos e contemplados com a minha entrega por inteiro. Nem foi porque ele mora mais perto que eu parei de chorar em idas e voltas.

Ando guardando menos – ou quase nada – coisas pra mim. Não me sinto mais tão minha como me senti ao longo de minha pouca idade. A “palavra tag” é “entrega”. Um “shot” de coragem atrás do meu escudo covarde e falho talvez tenha colaborado um tanto.

Venho carregando um laço no meu dedo direito, costume provindo dos gregos e romanos, um hábito hindu provavelmente, de suma importância pra mim. A insegurança é menor. Estou dessa vez acompanhada de uma só pessoa (entregue – acredito eu – na mesma proporção). Não me são agregados “jotas”, “dês” e qualquer outra letra, nem qualquer outra vaca profana que me tire o eixo.

Os planos são mais palpáveis. Injeções. As bobeiras, babaquices e intimidades estão cada vez “piores” e o amadurecimento vem sendo contínuo. A necessidade, crescente. Estou mais olhos e pele.

Artifícios da paranóia delirante da internet tem se mostrado inversamente proporcional à saudade quando testados no ato de suprir todo e qualquer anseio. A operadora do celular é totalmente pró a casais distantes, proporcionando-me assim noites inteiras, e literais, de afeto. Injeções (novamente).

Tem família, carinho em demasia e menos ceticismo. Orgulho parte mais (bem mais) de mim; eu admito. E deve ser por isso que tem sido assim... Estranhamente bom. Inesperadamente bom.

29 de março de 2010
3h13

Por mim