terça-feira, outubro 27, 2009

Quinta, 03 de setembro, mais da metade do ano, 9h45, exatamente. Embriologia. Calor. Bela tentativa do ar condicionado em ventilar alguma coisa. Exaustividade crônica. Sono atrasado. Algumas provas ainda por fazer. Redações também. Mudanças bruscas de humor. Ela dizia não saber o motivo de fato, ou talvez soubesse. Questões a responder.

Vantagem do “data-show”: mudança de lugar e, por conseqüência, novas conversar. Garoto, um ano mais novo. Dois anos e cinco meses de namoro. Visível exaltação enquanto lhe respondia algumas perguntas. Observava a dilatação das pupilas. O movimento da mão direita com a caneta e a esquerda apoiada na carteira defronte ao rosto, como se quisesse se proteger de algo. Movimento constante das pernas. Para ela, as brincadeiras perante o número de perguntas era uma forma de se desvencilhar. Ela não se importava se havia sinceridade ou não nas respostas. Quiçá se interessasse pelo motivo que o levava a omitir. Estava se esforçando para não ser tão invasiva e as perguntas, eu juro, eram um tanto superficiais.

Não teria aula a tarde, ou até teria. Mas veriam filme. E no outro dia teria mais duas provas. Não preciso explicar.

Desconsidere a possível inutilidade do texto. 12h02.

Por Anita,
talvez.