Vejam só: primeiríssimo dia de setembro, mês 09. Passamos por nove meses numa velocidade surpreendente. Acho que até mais que o ano passado. Tudo bem, parece muito “frase feita”, mas...
Por mais relutante que nos mostramos ser, acredito que “ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”. Ainda que tentemos ser diferentes, ainda que façamos revoluções sem causa, ainda que busquemos “melhorar” em alguns aspectos. Sempre – ou não – manteremos a velha essência já adquirida em outros invernos. E, talvez, seja como eu disse, realmente, mantemos a essência buscando aperfeiçoar os acabamentos que restaram. Somos o futuro provável da nação. A outra geração Coca-Cola.
Eu mesma, no limite dos meus jovens 17 anos, não gosto de “fazer acontecer” sabendo dessa idéia. Creio que exista algo dos meus formadores inerente a mim. E que, daqui uns anos, acredito que eu verei ocorrer o que ocorre com os demais: reflexos perto da perfeição de seus, ainda que pareçam infundados, heróis.
Pensando bem, é completamente compreensível. São os únicos espelhos que temos durante a formação. Até certo momento, nos vimos espremidos com os valores e ideais sendo inseridos pelos de casa. Por conseguinte, obtemos melhores conhecimentos no colégio. Refletimo-nos em nossos professores e colhemos aspectos de amigos, plantados por outros formadores e, ainda assim, aquela essência depositada anteriormente é sustentada.
Não vou mentir, tento me retirar desse ciclo conseguindo minha “falsa consciência” em outras prateleiras. Fazendo uso das minhas conversas de roda para expor minhas opiniões “díspares”. Hipocrisia? Talvez.
Por Talita