Não foi porque eu parei de descrever meus encontros que eles deixaram de ser vividos e contemplados com a minha entrega por inteiro. Nem foi porque ele mora mais perto que eu parei de chorar em idas e voltas.
Ando guardando menos – ou quase nada – coisas pra mim. Não me sinto mais tão minha como me senti ao longo de minha pouca idade. A “palavra tag” é “entrega”. Um “shot” de coragem atrás do meu escudo covarde e falho talvez tenha colaborado um tanto.
Venho carregando um laço no meu dedo direito, costume provindo dos gregos e romanos, um hábito hindu provavelmente, de suma importância pra mim. A insegurança é menor. Estou dessa vez acompanhada de uma só pessoa (entregue – acredito eu – na mesma proporção). Não me são agregados “jotas”, “dês” e qualquer outra letra, nem qualquer outra vaca profana que me tire o eixo.
Os planos são mais palpáveis. Injeções. As bobeiras, babaquices e intimidades estão cada vez “piores” e o amadurecimento vem sendo contínuo. A necessidade, crescente. Estou mais olhos e pele.
Artifícios da paranóia delirante da internet tem se mostrado inversamente proporcional à saudade quando testados no ato de suprir todo e qualquer anseio. A operadora do celular é totalmente pró a casais distantes, proporcionando-me assim noites inteiras, e literais, de afeto. Injeções (novamente).
Tem família, carinho em demasia e menos ceticismo. Orgulho parte mais (bem mais) de mim; eu admito. E deve ser por isso que tem sido assim... Estranhamente bom. Inesperadamente bom.
29 de março de 2010
3h13
Por mim